Para cantar não é necessário aspirar muito o ar, sem saber como emiti-lo com economia.
O excesso de ar oprime e incomoda o cantor.
As inspirações muito profundas não deverão ser praticadas a não ser nos exercícios respiratórios. Estes têm por objetivo chegar a dominar o mecanismo da respiração e submetê-la ao controle da vontade.
Todo ar deve transformar-se em som. É uma questão de dosagem; e é também o segredo de vozes puras cristalinas.
Quando o ar sai dos pulmões em excesso, forma-se um véu sobre a voz, semelhante ao ruído da agulha sobre o disco.
Cuide sempre para que a expiração termine com o som.
É inútil "esvaziar-se" depois de uma frase cantada. O ar retido nos pulmões permitirá efetuar uma pequena inspiração antes de prosseguir.
Se tiver pouco tempo entre duas frases cantadas para efetuar uma boa inspiração, sempre bem as costelas ao inspirar e bloqueie-as. Deste modo, dominará o fôlego, que resultará numa emissão dócil e regulada de acordo com a extensão da frase.
Deve-se conseguir respirar sem que se ouça ou se veja.
Na fala ou no canto, o costume de pensar no ar, ajudará a não encontrar nunca a falta dele.