O ATAQUE DO SOM

O som deve começar no preciso momento em que começa a expiração. Nenhum ar deve sair transformado em som, que será mais forte conforme seja alimentado pelo ar.
Para se obter um som redondo e agradável, é necessário elevar o véu do paladar. Esta é a posição de um bocejo.
Quando reprimimos um bocejo, os lábios se fecham e o fundo da garganta fica bem aberto; o véu do paladar se eleva e a boca se abre ao máximo interiormente. Nesta posição se emite o zumbido MMM..., que chega infalivelmente aos ressonadores faciais, provocando uma leve viração por trás do nariz.
Uma vez conseguido isto, basta abrir a boca para qualquer vogal, que resultará num som emitido corretamente.
Os defensores dos "passos e registros" reconhecem três registros que são: registro do peito, médio e da voz de cabeça. isto dificulta o estudo do canto pela dificuldade de passar de um registro a outro.
Outros são absolutamente contra essa idéia.
Temos duas experiências que justificam, homogeneizando a voz em toda a sua extensão.

1º) Escolha uma nota aguda e comece uma escala descendente em semitons com a boca e a laringe distendidas e uma posição de ligeiro bocejo. Execute cada nota tendo a sensação de ser mais alta que a anterior. Dessa maneira não se poderá acusar nenhuma mudança de registro.

2º) Os exercícios efetuados com a língua fora da boca e cantando um E leviana, também mostram a ausência de registro.
Isto prova que os registros são resultados de uma contração inconsciente do fundo da garganta ou da língua.
É importante abrir progressivamente a boca no sentido vertical nas escalas ascendentes, para que o som possa chegar ao "gong" (espécie de gongo metálico, imaginário atrás do nariz).

Para finalizar um som, não deixar faltar o ar. Não há nada mais desagradável. A expiração deve acabar junto com o canto. A voz deve ser nítida, limpa e pura (sem excesso de ar).